sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Avante!

Esses dias, me dirigindo à um amigo, perguntei o que seria de mim sem as palavras. Ai, as palavras... Que ao mesmo tempo que me cansam, são a minha salvação. Ao mesmo tempo que me exasperam, me aliviam. Me prendem dentro de mim, mas me expurgam.

Nada seria sem elas! Nada gritaria, nada enlouqueceria, nada mudaria, nada compreenderia, nada... E depois do surto, o alívio. E depois da morte, a vida. Como depois do dia, a noite. Como tudo que é contraditório, mas que se completa!

E que bom poder me expressar através delas! Transformar a dor em alguma coisa que valha. Porque vale a palavra! A dor palavra, a lágrima palavra, a felicidade palavra, a saudade palavra, o amor palavra. Vale transformar isso tudo que venho sentindo. Vale transpor isso tudo!

Mal tenho um surto e sou salva por elas! Palavras de uns caras incríveis, por sinal, que escreveram sobre tudo que estou passando! Sir Sigmund Freud, Montaigne, Pascal e outros. Estou em boa companhia. Esses senhores que passaram tudo pra um outro senhor, Andre Comte, que me contou um monte do que eles pensavam. E eles foram pessoas que tentaram viver bem! Tentaram nos entender e nos explicar... E por fazerem isso, me fizeram sentir compreendida. Saber que estou no meio de um furacão e que isso vai passar. E que tudo que venho passado (até escrever compulsivamente) é altamente compreensível!

Estou me sentindo Humana. Aprendendo a reagir diante de uma perda, nada mais. Sem saber lidar com isso, nada mais natural.

Entendendo um pouco mais sobre o que é a vida, eis que agora vou ter que aprender, apesar de intrínseco, porém nunca pensado, sobre o que é a morte. "Viver é perder." Pois então que vivamos e percamos! E aceitemos a vida e a morte, sobretudo!

Amém!

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