domingo, 29 de maio de 2011

Ando com vontade de escrever sobre muitas coisas ultimamente quando bate essa vontade de me expressar através de palavras. Mas hoje vou falar sobre relações monogâmicas e poligâmicas.

Antes de tudo quero ressaltar que não tenho nenhum pensamento conservador e nem acho que meu discurso tenha um caráter influenciado por essa imposição cristã que vivemos submetidos. Acho ambos ultrapassados. E nem acho que seja uma posição imutável, como nada o é.

"Hoje eu quero ser planta, amanhã raiz..."

Li uma crônica da Martha Medeiros esses dias que falava sobre poliamor, depois de ter conversado com um conhecido a respeito disso. E na visão dele, a monogamia tem base no cristianismo, e somos condicionados a crer que esse é o tipo de relação ideal. A Martha, por sua vez, diz que não somos passíveis de estarmos satisfeitos com uma pessoa somente, porque cada um na nossa vida nos trás sensações, experiências, reações, aflora coisas diferentes. Nesse ponto eu concordo, inclusive.

"Eu existo aqui com você, nesta tensão entre nós. Se fosse outra pessoa eu seria outra também. Estou sendo essa porque você me provoca". Viviane Mosé

Enfim, uma vez vivi dois casos simultaneamente. Mas foi a quesito de curiosidade, pela novidade que as duas relações estavam sendo. Só que ambas não eram estáveis, eram pré estabelecidamente efêmeras. O que não significa que eram de menor importância por tudo que eu aprendi e por se tratar de pessoas especiais. Mas como eu disse, era rumo a lugar nenhum e isso era explicitado. Cada um me preenchia de forma particular, de fato. Mas nunca foi a completude de todos os sentidos e possibilidades de todas as sensações e o aparecimento de todos os meus "eus", a minha busca num relacionamento. Sempre se tratou de conhecer a pessoa o máximo que dava, trocar tudo que podia, viver aquele momento como único. Acho que sempre quis a pessoa como única e especial. Pode ser romantismo, mas ai de mim que sou...

Desde que terminei meu namoro, nas novas relações, tentei viver o máximo que dava. E se não deu certo não foi porque me enjoou ou porque eu precisava buscar outras coisas diferentes, simplesmente as pessoas com quem me relacionei não estavam dispostas àquilo.

Mas essa coisa de uma pessoa bastar não é algo que eu racionalize, é mais espontâneo. A saciedade é espontânea. E acho que daí vem o meu "monoamorismo".

E vou dizer que até hoje é o que tem servido pra mim. Não estou, nem sou fechada a ponto de dizer que um dia eu não possa querer algo diferente, os nossos conceitos não são eternos, não nos servem pra sempre. Só posso falar o que me cabe no momento.

No fim das contas acho válido fazer o que se tem vontade, por mais fora do padrão que seja, por mais estranho e confuso que pareça. Desde que não seja passando por cima do sentimento de ninguém, que haja o máximo de verdade que der, consigo e com o outro (ou outros...).

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O que vale

Ai, é tanto drama na minha vida que às vezes eu penso que é demais pra uma vida só! E eu vou falar... Na hora que o bicho pega só pensando na desgraça alheia para entender que o meu drama pode ser muito, mas só se eu vê-lo isoladamente. Todo mundo tem os seus... Em maior ou menor grau, relevância e/ou proporção.

Beleza, isso não anula o fato da minha vida estar um saco! Como está a muito... E é por isso que eu fico agradecida (isso mesmo, dois posts seguidos da mesma coisa...) a qualquer força superior que tenha me dado o dom de contemplar coisas simples, corriqueiras e cotidianas da vida. Creio que não fosse isso eu seria infeliz, amargurada, mesquinha, dentre tantas outras possibilidades que uma pessoa que não saiba lidar com seus problemas, está sujeita.
Apesar de que o fato de eu ver as coisas por determinado ângulo pode não estar relacionado aos dramas que eu vivo, porém pode ser uma auto-defesa, agora não sei... O que eu sei é que isso é a minha salvação.

Eu poderia ficar reclamando muito mais do meu dia-a-dia massacrante que ninguém faz idéia, que só eu sei. Mas prefiro parar por aqui; o que vale ficar registrado, já foi.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Gratidão

Ser grato, esse aparente simples fato eleva o estado de espírito de qualquer ser humano. Quando está tudo indo buraco abaixo, se lembrar que existem outras coisas além daquilo faz tudo não parecer tão desastroso assim.

Hoje, por exemplo, vi um pôr-do-sol incrivelmente lindo e fiquei grata por ter olhos e ver aquele espetáculo de cores e formas na minha frente. Por não passar despercebido como, eu imagino, pra muitas pessoas que estavam presentes naquele trânsito de final de tarde.

Pelo simples (não tão simples assim, enfim) fato de ver aquilo e pouco tempo depois ver a lua nascer, diminuiu consideravelmente o stress do meu dia. Por estar grata. De poder ver, sentir e intuir que a vida não é toda feita coisas materiais, terrenas... Há algo sublime em viver. Nem que seja só observar.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Fragmentos de vida

De repente me deu vontade de escrever sobre sei-lá-o-que. Escrever sobre a vida e tudo que está contido nela. Sobre o amor, sobre mim, tudo que venho passado, descoberto, vivido, experimentado, ouvido, lido, compartilhado. Sobre erros, acertos, o que é amizade. Sobre o que passou e não volta mais, o que passou e permaneceu e como permaneceu.

Sobre músicas que me emocionam, poesias que me tiram o fôlego. Falar de como é bom ser e não ter medo do que isso representa. Sobre como é bom estar com alguém e não ter medo do que isso representa... E falar dos meus medos também porque eles fazem parte e só os encarando que da pra superá-los.

Quero falar sobre tudo que eu vejo, como vejo e o por quê de vê-las assim ou assado. Falar da simplicidade, que é a chave para tudo na vida. Pelo menos para uma vida mais prática; sem neurose, mais indolor e acho que mais colorida também.

Falar do tempo, do que cada pessoa que passa na minha vida representa. O valor das coisas...

E quero falar também sobre como o mundo está uma zona e que às vezes viver cansa... Mas das poucas coisas que podemos ter certeza é de que tudo passa... Por mais dolorido que seja, por mais que a situação pareça não ter saída. Quero falar sobre como a vida se encarrega de organizar isso tudo. No tempo e do jeito dela, acho que vale ser compreensivo e paciente. Com a vida e tudo que está contido nela...

Mas acho que vou deixar pra outra hora. Enquanto isso vou juntando mais pedaços de vida por aí...