sexta-feira, 17 de junho de 2011

Ser ou não ser?

Ser realista me faz mal. Quando paro e analiso as coisas ao meu redor, como as coisas funcionam (digo, pessoas se relacionando, tudo de político, tudo de manipulação; tudo de vazio de sentido, propósito; segundas, terceiras, quartas intenções; a palavra que não quer dizer a palavra; o que há por trás de tudo, o tempo todo), tenho a opção por qual ângulo analisar. Como diz um querido meu, eu sou muito Poliana. E mesmo sem a conhecer, me identifico bastante por escolher o lado bom sem-pre!

Não consigo conceber a idéia (ou fato, melhor dizendo) de viver num mundo com tanta coisa deturpada o tempo todo. Não queria fazer parte disso, as vezes penso que meu mundo é outro.

Só que isso acaba influenciando a forma como eu me relaciono com esse externo (anos-luz de distância) diferente do meu. De que forma? Sendo ingênua.

Pensar nessa idéia me faz sentir idiota. E idiota significa algo do tipo só olhar numa direção, só pelo próprio ponto de vista. E isso, eu faço direto! Isso quer dizer que não percebo muita coisa (ruim?) a minha volta.

Só que estar alheia às coisas dessa forma, as vezes me faz sentir estúpida, alienada, uma ignorante que não enxerga um palmo a sua frente. Queria descondicionar esse meu jeito Poliana de viver... Só pra não ser tão espontânea, ser mais esperta, mais sagaz, perceber que o coleguinha quando está de muito lero-lero, quer alguma coisa; ver que o menino andando atrás de mim na rua pode estar querendo me roubar; ver que as pessoas mostram ser o que não são um monte de vezes; parar de de tentar resgatar o que o outro tem de melhor, mesmo não aparentando ser tão bom assim; conseguir não gostar de algo por completo; enxergar falsidade, malícia.

E não ressaltar mais que o copo está meio cheio... Ele está na metade, ponto. Aí vou descobrir se o meu modo de ver as coisas é infantil (que inveja das crianças, que têm autoridade pra isso); lúdico demais (tem que ter o pé no chão!); idiota ("não acredito que você falou o que tinha vontade e não percebeu que, pela sua espontaneidade, estava parecendo fácil?").

Mas sabe? Esse é meu jeito de consertar o mundo, só que não tem conserto.. É o que é, o que sempre foi e o que sempre será. E já que é o que a gente tem, salve-se quem puder nessa selvageria louca! Reza pra Deus, respira fundo, diazepam, seja otimista, meditação, qualquer socorro (qual o seu analgésico?) e bola pra frente!