sábado, 30 de janeiro de 2010

Pessoas pessimistas são pessoas amarguradas? Não... Frias e calculistas? E pessoas otimistas são pessoas bem resolvidas? Não... São sonhadoras e iludidas? Vai saber...

Não sei o que leva uma pessoa a ser um ou outro, se é pré-disposição, experiência de vida, sei lá o que. Eu sou altamente otimista. Sempre vejo as coisas pelo lado razoável. Sempre poderia ter sido pior, não? E quando eu vejo essas pessoas pessimistas falando, sempre penso o quão chato deve ser assim. Acontece tanta merda, a gente só vê merda, e dar credibilidade pra isso tudo só nos faz viver num mundo cruel (tá, eu sei que vivemos em um). Mas enxergar isso tudo o tempo todo, torna a vida muito amarga, sem cor, sem sal.

Sei que um pouco de realismo, as vezes, cai bem porque se abster da verdade é ignorância. E a verdade pode ser bem cruel. Geralmente, é. Mas tem coisas que são inevitáveis. O meu aborrecimento, arrancar os cabelos, reclamar vai mudar alguma coisa? Eu prefiro me adaptar da melhor forma possível às coisas chatas e ruins da vida. E sou uma pessoa mais feliz por isso.

Mas tenho que admitir, tenho que enganar minha percepção várias vezes pra isso. Mas eu opto pelo meu bem-estar. Isso soou extremamente egoísta! Acho que não, afinal de contas, tudo tem dois lados. E eu prefiro ver o lado bom das coisas. Nada demais...

Enfim, gostaria de saber o que uma pessoa pessimista (ou seria realista?) tem a me dizer sobre esse meu modo (...?) de encarar as coisas.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Dar corda pros nossos pensamentos pode ser uma coisa perigosa (ou quase isso). As vezes me pego pensando cada coisa... E se eu vou no embalo, vem uma euforia junto e eu crio situações, as vezes sentimentos, e ai vem a tal da expectativa junto e está feita a confusão geral. Da última vez que deixei isso acontecer, vi o quanto a minha mente é fértil. E fui deixando aqueles pensamentos tomarem conta de mim, e é ai que mora o perigo. Sofri 'pacas' pra realizar que aquilo tudo que eu sentia, era só uma projeção, uma coisa idealizada, utopia pura. E o que aconteceu foi que a coisa tomou uma proporção que o imaginário veio pro campo real. Que loucura, isso... mas Deus me livre ser normal!

Então depois que eu sai desse processo de loucura total eu me dei conta de que pensamentos desse nível aparecem com freqüência, mas pra isso não acontecer o lance é fazer o oposto do que eu falei no início. Não dar corda. É deixar o pensamento ali falando sozinho, não interagir com ele... Porque ele se esvai. Interessante seria saber o que causa o aparecimento deles. Devem ser vários processos inconscientes, porque pensar na causa faz ficar quase um oco na mente, parece que as respostas todas fogem correndo. E quanto mais eu vou atrás, mais elas se distanciam.

Credo, não quero ficar mais presa à esse tipo de maluquice. Faz um mal...

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Somos um universo em expansão. Adoro desvendar coisas novas dentro de mim. Novas reações, motivos, suspiros, calafrios. Ganhar novos abraços, beijos e carinhos. E ver que por mais que a gente conheça e ache que já sabe demais, podemos viver algo inédito.

Mas acho que gosto mais das reações. Cada toque é diferente do outro, e isso porque cada pessoa te faz ter uma reação particular. E, as vezes, eu sou surpreendida subitamente por algo que não sabia que existia dentro de mim. E me vejo uma criança aprendendo a lidar com algo novo. Curiosa, indo em direção aonde fica mais legal, o que me faz dar um sorriso mais gostoso. Como é bom aprender, conhecer e sentir que não somos estáticos, estamos sempre mudando e temos tanto pra conhecer... Que delícia, isso.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Uma experiência nova: ficar bêbada e sóbria e bêbada de novo no período de cinco horas. Não sabia que água de côco e sundae faziam uma alma perdida se achar novamente.
Quem canta, seus males espanta. Quem dança, também. Dançar como se não estivesse ninguém te olhando. Só você, o salão e a música. Tem forma melhor de abstrair todas as coisas que te incomodam, que te perturbam, esquecer que a vida está cheio de problemas, seus complexos, enfim. Extravasar tudo de ruim que está dentro da gente e nesse momento, tudo fica bem! Praticamente uma meditação, onde você fica ausente. A diferença é que você, horas depois, não sente todos os seus músculos queimarem.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Para concretizar uma mudança tem coisa melhor do que um corte de cabelo? Estou me sentindo renovada, é como se fosse um chamariz de coisas novas. Foi-se embora com meu cabelo atenções, pessoas, atitudes e pensamentos desnecessários. E eu agora sou uma mulher uma tonelada mais leve.
Acho incrível a capacidade transformadora dentro da gente. Ontem eu estava um trapo, super dependente de sentimentos, ilusões. Há algumas semanas não conseguia ficar só e bem. Imaginava sempre estar com alguém e me sentia solitária. Nem preciso falar que era irritante esse estado quase melancólico.

Até que ontem resolvi abandonar pensamentos que só me faziam sentir mal e coloquei em prática o 'viver aqui e agora'. Como é bom conseguir isso! Você abandona projeções, quereres e aproveita o instante-já. Penetrar nesse instante é quase como um êxtase porque você sente as coisas de uma forma diferente. Consegue ver e realizar e aproveitar o que é dado no exato momento e isso basta.

Gosto dessa nossa auto-suficiência. Na realidade, estava com saudade de ver isso em mim. Ainda estou, porque isso voltou ontem. Mas tomou conta de mim.

Sinto-me bem.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Um engov, dois energéticos e um pregador pra fazer meus olhos conseguirem ficar abertos, por favor, obrigada.

Trabalhar depois de uma noite de bebedeira é uma coisa engraçada. Estou lesa, as coisas passam por mim, nada está processando aqui dentro. Sou apenas um corpo e as coisas à minha volta são algo a parte.

Estou me sentindo derrotada pelo álcool. Credo.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Eu tenho me sentido com a frase 'Procura-se um amigo' estampada na testa. Parece que é uma coisa só minha... Gostaria de saber se é uma coisa mais universal. Vejo tantos grupos de amigos reunidos nos bares, restaurantes, aqueles orkut's com fotos de amigos felizes. E eu, sentada no bar sozinha. Eu, no restaurante almoçando sozinha. Eu, em casa sozinha. Isso anda me perturbando um pouco. Eu tenho tanta coisa pra falar, pra compartilhar. Adoro compartilhar informações. Você fala, a outra pessoa fala, vocês chegam num concenso. Sempre aparece alguma idéia nova. É você entrando num outro e novo universo e vice-versa.

Como disse no post anterior, as pessoas são dificeis de se aproximar. E eu tenho percebido uma incompatibilidade da minha parte com as pessoas que se aproximam. É como se eu tivesse um ideal (que não sei qual é) e a pessoa tivesse que se encaixar em alguns parâmetros (que eu também não sei quais são). Na verdade, acho que precisa de afinidade pra eu me relacionar. Detesto essa minha coisa de ser radical em alguns departamentos. Esse 'tem que ter' não deveria existir... As vezes pode ser legal mesmo sem ter afinidade. Mas e a minha dificuldade pra não deixar isso atrapalhar? Ai acontece aquela história de quem eu amo não me ama, e quem me ama eu não amo. Droga!

Como se conhece as pessoas? As vezes eu olho alguém passando na rua e me dá a impressão de ter mil coisas em comum com ela. Dá vontade de chegar e dar um 'oi', sabe? Queria uma receita.

Mas enfim, me sinto só. É muito triste querer conversar com alguém e não ter ninguém. E quem eu tenho, está longe! Mas pelo menos tem e não estou no fundo do poço. A merda não é tão grande assim.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Um dia eu vou entender por que as pessoas são tão fechadas. Por que elas se identificam, se gostam mas não se aproximam. Ou por que eu gosto tanto e quero me aproximar e me exponho, falo, ajo com naturalidade. Gostaria de ver essa naturalidade das pessoas. A maioria é cheia de bloqueios, de retenções, individualidade. Cheia de não-me-toque.

Se eu gosto, eu gosto. Vou ligar, vou procurar, vou querer estar perto, vou querer conversar sempre que possível, vou falar que gosto, eu ein. Essa gente que não fala o que sente. Um dia eu vou as entender.