sábado, 27 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Desmistificando cafajestes

Achei um blog fenomenal! O 'Manual do cafajeste'. E lendo aquelas histórias me toquei mais do que nunca como a mulher tem que ser insensível e racional quando ouve qualquer coisa vinda de um homem que tenha algum tipo de intenção com ela. Temos que ter em mente que ele só fala, só elogia, só age porque quer te comer, no fim das contas. Nada além disso, salvo alguns poucos e raros casos. Não que a intenção não seja essa, mas é algo que se modifica conforme vocês se conhecem mais.

Nos últimos tempos topei com uns carinhas e relembrei dos dois tipos de cafajestes que existem: os descarados e os mais discretos. E o triste do cafajeste é que ele te acha linda, inteligente, charmosa, um pedaço de menina mesmo e te trata como se você fosse uma pessoa especial. Mas é você e a torcida do flamengo. Tudo dependendo da intenção dele. Então a atitude já não se torna espontanea e a coisa se torna superficial.

Quanto aos tipos, acho que eu prefiro o descarado. Porque você sabe ao que está se sujeitando e isso é uma escolha consciente. Cada um com seus motivos. Enfim. Se quiser ter qualquer envolvimento com um carinha assim, você sabe aonde está pisando. E todas aquelas lindas coisas que ele te fala na tentativa de sei-lá-o-quê (a-aham)! entram num ouvido e saem no outro.

Agora, o segundo não. Ele é mais singelo, te aborda de uma forma tão sutil que toda a canalhice passa quase despercebida. Quase. Uma hora vem à tona. Mas aí já era. Você já caiu no encanto dele porque em algum momento acreditou que tudo que ele falou, elogiou e fez poderia significar alguma coisa. Cada um com seus motivos também. Eu sei que esses me deixam receosa. Porque eu ainda acredito nas pessoas.

E isso me faz pensar no que significa se relacionar com alguém. Qual o propósito? Acho que ficando com caras assim eu perco meu propósito. Quero conhecer alguém que seja sincero. Sincero na essência da palavra. Não quero joguinhos, palavras em vão. Quero a simplicidade de me relacionar com alguém. Será que é possível sem que haja essa perversão da parte dos caras? Porque eles são pra lá da maioria. Ou então eu que sou pararaio de caras assim.

A partir dai as pessoas com as quais eu me relaciono vão ter que passar por um processo seletivo, quase, pra eu saber que ela está sendo sincera de fato? Acho que sim. E vai ser bem chato ter que ficar policiando e duvidando de tudo que eu escuto. E além disso eu vou ter que ser uma pessoa frígida. Que não tem vontades, uma pessoa reservada que espera ansiosamente pelo príncipe encantado. Porque do que adianta você ficar com alguém e satisfazer questões orgânicas (hehe) e do ego e junto, de brinde, uma apurrinhação dos infernos? Porque você é sempre tachada por tudo que você faz. E é manipulada o tempo todo. Que graça tem isso?

Ugh. Tinha esquecido dessa parte da vida de solteira. Ê lelê.

Sugestão de um post legal.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

É ótimo sentir o acaso pulsando nas veias. Aquela coisa inesperada, você tem um plano e iria seguir esse plano não fosse um detalhe que muda tudo! E um detalhe leva a outro, que leva a outro e ai são mil portas abertas pra mil possibilidades. Viver esse inesperado é bom demais. Na verdade, é bom quando o acaso te reserva só coisas boas. Pessoas legais, lugar novo, música maravilhosamente boa, chopp gelado, risada gostosa, experiências inéditas, um sorriso verdadeiro, conversas boas, descontração. Era tudo que eu precisava pra me tirar dessa limitação toda que tenho sentido nos últimos tempos. É bom ver o mundo lá fora! Melhor ainda é vivencia-lo. Aonde estou, o acaso é hiper limitado. Ele tenta te proporcionar coisas legais, mas beira ao marasmo. Mesmo que eu queira viver coisas novas, música nova, gente nova, bato com a cara na parede! Problemas de cidades pequenas. Acho que preciso sair daqui mais vezes. Me fez muito bem!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Tem vezes que eu gostaria tanto calar meus pensamentos. As vezes passa tanta coisa que parece que meus neurônios vão ferver! E é tudo junto, me pressiona. Fico na tentativa de organizar todos eles, acalmar alguns, entender outros, expulsar alguns chatinhos. Mas isso me consome! Sendo curta e grossa, está chato pra caralho.

Mas essa onda de pensamentos de vez em quando para. Fico sem questões existenciais, conflitos, coisas mal resolvidas. Fica tudo mil maravilhas, consigo até respirar melhor. Incrível como isso oscila, às vezes é questão de uma tarde.

Estou lendo um livro do Krishnamurti e ele fala sobre essa euforia dos pensamentos, o vazio que tem na tentativa de entendê-los, que a sabedoria está em não interagir com esses pensamentos e então eles não vão ser mais um problema. Apesar de lógico, não sei até que ponto isso resolve alguma coisa. Anestesiar é muito mais fácil, não deixar que eles participem do que passa na minha cabeça é prático. Mas fazer isso resolve? Ou só deixa adormecido? Mas de repente esse entorpecimento acabe com eles, de fato. "Sonhos são como Deuses, quando não se acredita neles, deixam de existir." Pensamentos de repente também são assim. Está difícil distinguir o que é relevante e o que não é. Queria mesmo dar um reset, recilar tudo. Jogar tudo fora e começar tudo de novo. Não está passando nada que presta aqui ultimamente. Isso é falta de ocupação. Queria me ocupar com coisas mais interessantes.

Está nítido, tem uns dias que eu estou bem cansada deste lugar que eu estou. Estou me sentindo enjaulada, bitolada. Preciso de outros ares! Coisas diferentes à minha volta em todos os sentidos. Detesto esses momentos em que isso fica à flor da pele.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessoa; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!

Florbela Espanca

Que achado! A partir desse momento me sinto mais compreendida. Sou um ser que sente. Não há mal nisso. Mas me padece, toda essa intensidade.

Viver me cansa, ás vezes.

Queria me entregar menos, me envolver menos, ser menos intensa, acreditar menos, sonhar menos, dramatizar menos e entender que o mundo a minha volta não é a mesma definição do que eu acho correto. Viver, às vezes, me parece não ter essa mesma definição. Eu acho que é uma coisa e é outra absolutamente diferente. Ai eu me decepciono e me frustro. Um dia quero ser imune à isso tudo.
As aparências, nem sempre tão enganadoras quanto se diz, não é raro que se neguem a si mesmas e deixem surdir manifestações que abrem caminho à possibilidade de sérias diferenças futuras num padrão de comportamento que, no geral, parecia apresentar-se como definido.

- José Saramago -

Estamos sempre causando impressões. Dificilmente elas vão ser compatíveis com o que você realmente é. As pessoas, com toda a sua subjetividade, te vêem, vêem fazendo coisas que na concepção delas se encaixa em tal ou tal perfil. A partir dai elas vão te tratar de acordo com o pré-julgamento/conceito delas e qualquer tipo de relação que possa ser estabelecida vai ser em volta disso. Ninguém está preocupado em saber se é ou não aquilo. Não há como fugir desse fato fatídico. Você pode ser o que for, as impressões são o que conta.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

"Cada um com seus problemas
Seus mosquitos
Eles chupam o seu sangue
Sua carne
E se o espírito está louco
Que se acalme
Eles sugam das entranhas
Sua vida
Depois forma aquela casca
Na ferida
Vai saindo aquele líquido
Fluido quente
Você lambe e a sua língua
Passa rente
Se coçar a casca raspa
Cai doente
E até nascer a outra
Fica exposto
O tumor com seus temores
Que desgosto
Essa vida parasita de ascaires"

DonaZica - Até o dia

Aprendemos desde todo o sempre a depender de algo para conseguirmos viver bem. Algo de distração. Dificilmente se aprende como ser auto-suficiente. Não que sejamos, justamente porque é estabelecido que precisamos nos estruturar como seres humanos baseado em outro ser humano. Nunca sozinhos.

A partir dai ser carente é uma condição pré-estabelecida. Buscamos em nossas relações com as coisas e com as pessoas sempre algo que supra essa carência da auto-suficiência.

Isso fica nítido quando se fica sozinho. Sozinho nunca estamos, mas essa condição é mais dentro do que fora. Alguma coisa que falta, um vazio, algo que precisa ser preenchido. Assim se fica sozinho. E acabamos transpondo isso para áreas da nossa vida. É a busca incessante por alguma coisa que não deixe prestarmos atenção nessa lacuna. Precisamos ficar distraídos para nos sentirmos bem.

Assim surgem os alcóolatras por exemplo, que, não satisfeitos com os vazios da sua vida, cria um espaço aonde ele possa ser e viver algo que alivie a pressão do dia-a-dia.

Mas a verdade é que em tudo que fazemos, estudar, dançar, cantar, se exercitar, sair, amigos, é uma forma de ligar nossos pensamentos em coisas que nos façam sentir bem conosco e encontrar também um alívio pra toda essa pressão que é viver.

O processo é tão natural que passa dispecebido o que tem atrás de nossas atitudes. E isso é saudável, caso contrário viveríamos numa total neurose de enxergar o que nos leva a agir, falar, sentir.

Ruim é quando se percebe os por quês de algumas das atitudes e vai no centro da questão. Lá da pra encontrar coisas que ficam guardadas a sete chaves, segredos de Estado, não é um lugar agradável para se visitar nem vasculhar. Pode abalar as estruturas. Você fica exposto e o engraçado é que é pra você mesmo.

É incrível como não nos conhecemos.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Mudanças. Preciso de algumas. Detesto quando o dia-a-dia se torna massacrante. É chato, ás vezes, acordar todo dia na mesma hora, ir pro mesmo trabalho e ver as mesmas pessoas, fazer tudo igual. Me sinto uma marionete! Eu sinto meu corpo pesado, carregado dessa santa rotina. Sei que fugir disso não tem lógica, afinal de contas o que sustenta meus hobbies, o que eu como, visto, aonde eu vou, é esse mal necessário do emprego. Depender disso está me perturbando um pouco. Sinto falta, no momento, de ter mais liberdade, mais tempo pra mim, um tempo pra curtir coisas boas da vida. Conhecer um lugar diferente, passar uns dias fora. (Coisas de quem está saturado da rotina) Movimento, é o que eu gostaria.
Mas sentir isso é natural. Independente do nosso nível de liberdade, em algum determinado momento esse estado entedia.

Que coisa difícil ter essa tal de satisfação. Estamos sempre um passo atrás dela.
Só sei que no exato momento estou com vontade de jogar tudo pro alto e correr pra bem longe daqui. Assim mesmo, utópica. Sem querer saber de nenhum tipo de obrigação com a vida, só viver. Livre de regras, aaaah! Viver enjoa, ás vezes.
Mas graças à minha belíssima versatilidade ou instabilidade última emocional, sei que isso é só um estado e que daqui a algumas horas ou dias, de repente, essa revolta com esse sistema capitalista, que te suga e te explora, e esse nosso modo burguês hipócrita de viver, passa.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Conhecimento é uma coisa fantástica. Ele te abre horizontes, te faz ver as coisas por um novo ângulo, enriquece as suas atitudes, no sentido de ser mais consciente nas coisas que faz. Conhecimento geral, qualquer que seja. Sempre te acrescenta algo que pode influenciar em várias áreas da sua vida. Vai depender do que você absorve de tal conhecimento. E o que faz com ele.

Acho interessante o refinamento que ele trás. Você conhece música clássica, a partir desse momento, dependendo do quanto você se envolve com ela, o que você ouvir depois disso vai se transformar. E é aí que vem o refinamento. Você apura o que ouve, se atenta à detalhes que antes não percebia.
E foi só um exemplo, se encaixa em mais uma quincalhada.

Mas a partir do momento que as coisas já não são como eram antes, o que se fazer com o antes? E o 'agora que eu sei'?
Essa vai ficar no ar, por enquanto.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Psicoativos (ou quase isso)

Eu falei cafeína? Café que nada, tomei um guaraná natural com guaraná em pó e agora sim eu sei o que faz ficar acordada! E ligada, falante e com movimentos rápidos. Estou achando até engraçada a mudança repentina de humor, parece até droga ou coisa parecida. Estou falando horrores, gesticulando e passando por esse processo SOZINHA. Aaaaah. Nem parecia que há minutos atrás eu estava quase dormindo!

E é incrível como a mudança de disposição física fez todos aqueles pensamentos de ser um vegetal irem pro espaço e ficar só uma vontade de falar horrores e me comunicar. Minhas pernas não param de mexer! Que barato. Adorei isso!
Até me lembrou a primeira vez que tomei espresso na vida. Na verdade, foram cappuccinos. Dois. Falei pelos meus cotovelos e minha percepção ficou altamente aguçada, li, escrevi e fotografei belíssimamente! E isso numa mesma tarde ainda com o efeito da cafeína. Foi outro barato.

Post de uma pessoa ressaqueada

"Hoje não quero ser peça nem jogador
Não quero pagar pra ver o fim do jogo – meu amor
Nem parar o tempo
Nem mudar o mundo
Nem saber de tudo"

DonaZica - Pimenta

Para o mundo, que eu quero descer! Sabe preguiça de existir? É o que eu sinto. Queria dormir horas seguidas e quando acordasse, ficar que nem um vegetal na frente da televisão vendo Pica-Pau ou qualquer desenho desses das antigas. E ficar assim um dia inteiro, sem pensar em absolutamente nada. Só eu e minha cama, ia ser um programa perfeito!

No momento, estou precisando de cafeína urgente no meu organismo ou meus olhos não vão parar de querer fechar. Essa vida de noites mal (ou bem?) dormidas vai acabar comigo.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Receita para uma noite (sozinha) divertida:

- Uma boa música;
- um bom vinho com nome estranho e um rótulo bonito;
- um queijo gostoso pro vinho não fazer efeito tão rápido assim;
- papel e caneta para descrever esse momento de reflexão profunda sobre questões no âmago do seu ser (tá, não fica tão divertido assim, mas é válido, vai que sai algo de bom!);

E o principal: um SACA ROLHA! Pois sem ele, não acontece o seu momento de embreaguez e aí corta todo o clima da sua noite supostamente divertida.

Caso isso tudo não dê certo, tome um banho bem gelado (pra suprir todo o calor que você sentiu o dia inteiro), se empanturre de um sanduíche gostoso e bastante suco gelado (pra suprir também todo o calor...) e veja um filme bem dramático para abstrair todos os dramas da sua vida, e pode ter certeza que antes do filme acabar você vai estar com um sono incontrolável e vai dormir que nem uma criança. Afinal de contas, drama demais cansa.

Olhando assim não parece tão divertido assim, mas não é dos piores programas.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

post resumido e apressado

"Tudo o que você é, o que pensa, o que sente, o que faz em sua vida diária, é irradiado ao seu redor, e é disso que o mundo é constituído: O que você é, o mundo é. Transforme-se, e transformará o mundo." - Krishnamurti

Acho que encaixa perfeitamente no que eu escrevi ali embaixo. Uma bela conclusão... O meu modo de ver as coisas, faz o mundo ao meu redor ser diferente. E é por isso que sou mais feliz. Ponto.