domingo, 15 de julho de 2012

Para se relacionar com o outro, devemos nos relacionar bem com a gente primeiro.


Li algo assim esses dias, compartilhei no FB e tudo! Pois bem. Não é bem assim como essa frase diz. Com certeza ajuda, afinal de contas quando você não está bem resolvido consigo mesmo é impraticável se relacionar de forma adequada com qualquer coisa externa à você. Seja família, amigo, trabalho, uma viagem, um livro, um filme, estudos, o que for. Quando temos coisas mal resolvidas dentro da gente parece que entranhamos tudo que fazemos com esse mal-estar interno. Acabamos projetando inconscientemente coisas ruins que passam dentro, fora. Beleza... (Beleza?)

Eu tenho me sentido bem comigo mesma. Tenho conseguido ter mais postura diante das coisas que eu considero certas, das coisas erradas, sei quando me calar, tenho conseguido perceber mais o que é conveniente. Estou tendo mais clareza em relação às minhas coisas, meus sentimentos, minhas atitudes. Dei um passo para que as minhas relações sejam mais saudáveis.

( E isso é coisa que vem aos poucos, é uma brisa. To começando a entender melhor isso agora e estou começando a mudar em relação às coisas novas que surgem. Algumas antigas estão muito enraizadas para eu conseguir colocar novas atitudes em prática. Então elas ficam meio bagunçadas do jeito que estavam e eu ainda não descobri como as resolver ainda. Droga! Eu não sou um Übermensch! Mas beleza... Acredito que cada dia é um dia para melhorar, essa melhora contínua que os japoneses chamam de Kaizen. E aplicar isso na vida é o que há! Porque senão nós ficamos estagnados... Sempre no mesmo, sempre o mesmo. Aí passam os anos e você olha pra trás e percebe que ao mesmo tempo que mudou muita coisa, dentro não mudou quase nada. Isso para os que se interessam pelo que passa dentro, porque tenho percebido que pra muita gente isso não faz muita diferença. Tem me parecido que muitas pessoas agem só no automático. Eu tenho agido assim nos últimos tempos... Tenho anestesiado um pouco o que tem dentro. Mas aí a gente faz isso até que alguma coisa te desperte, te provoque. Até que alguma coisa te cause um impacto e você pense "Opa! Peraí! Tem alguém aqui que sente, que tem sangue correndo nas veias, que tem um pulso que ainda pulsa!". )

Mas como eu dizia, se relacionar bem consigo não é tudo para a relação porque depende do outro estar bem-resolvido! Olha que merda. Uma merda mesmo porque pessoas andam por aí cheias de traumas incubados, os complexos até a alma! Falando assim parece até que eu não os tenho. Inclusive sinto muito se alguém não tem, acho que nem Humano seria. O lance é: o que você faz com seus traumas e complexos? Você se deixa manifestar através deles? Sim. Mas sabe quando isso não acontece? Quando você se conscientiza (ou tenta se conscientizar) das suas atitudes, da sua forma de agir, de se relacionar. Infelizmente temos que fazer essa auto-análise (mesmo que porcamente - e sim, estou cheia dos parenteses) porque enquanto não fizermos isso vamos continuar andando e falando e fazendo coisas à esmo, de qualquer jeito, sem se ver, sem ver o outro, sem enxergar o Ser Humano que tem na sua frente. E não, você não está sozinho no mundo. Parece que o fato de vivermos em Sociedade não alterou muito a nossa ideia de individualidade, que está totalmente deturpada! Nós somos sós, mas somos responsáveis por quem está a nossa volta sim! As pessoas não podem sair por aí cativando e invadindo outras pessoas sem se sentir responsáveis pelo que isso gera no outro!

PORRA ! 


Entendamos isso e com certeza o mundo vai se curar de um grande mal! Do egoísmo ao extremo, do vazio ao extremo, da ganância ao extremo, de todas as porras de extremos que existem!

( Ai, o Fernando... Lindo quando falava 'nada teu exagera ou exclui'! )

Eu to cansada de ser cativada como se fosse um objeto a ser conquistado. E que quando conquistada já não serve pra mais porra nenhuma (e sim, estou cheia de palavrões também! Dá ênfase pro que estou pensando!) porque perdeu a graça... A graça está em conquistar! Filhos da puta egoístas! Não que a gente tenha que ter controle sobre o que vai se passar depois que acontece a conquista de fato. Beleza, conquistou, não deu certo por um motivo ou outro (explícito, de preferência) tudo bem! Agora não é o que eu tenho visto. Conquista, comeu (que deve ser a melhor parte) e vai embora! FILHOS DA PUTA! Devem ser filhos de uma puta mesmo, que não tem a menor consideração pelo que é uma mulher! Pelos sentimentos que tem uma mulher! Ou será que eles acham que são todas umas putas?!

E outra! Não que comer (eu quero ser xula um pouco que nem as atitudes desses filhos da puta) seja ruim ou má da parte dos homens! As vezes eu também quero só alguém casualmente mesmo! Ter uma noite e não ligar nunca mais! Tchau e benção! Mas não precisam ter palavras afetuosas, nem olhares, nem conversas que te envolvam em algo a mais que isso! É bem mais simples, os homens ainda não conseguiram entender isso muito bem! Quando é só pra comer, dá umas pegadas, um olhar cafajeste, umas palavras no pé do ouvido, meu querido! E se a mulher não te der um tapa na cara, nem sair te xingando, cai pra dentro! Seus estúpidos! 

Não, não basta se relacionar bem consigo mesmo para se relacionar bem com o outro. Porque tem o outro! Então eu prefiro me relacionar comigo mesma do que gastar energia (já falei isso antes, né?) com esse tipo de merda sem sentido, vazio de qualquer propósito (Aliás... Propósito é o que não falta, agora o nível está lá embaixo!) e ugh! Que nojo. Eu estou sentindo nojo.

Ou o problema sou eu?

...
...
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Deve ser! Eu tenho que aprender a ser mais filha da puta do que os filhos da puta que eu encontro. E aí eu vou ser tão filha da puta, que não vou considerar qualquer ato ou palavra da pessoa e quem sabe esse tipo de relação não me desgaste tanto... É Júlia... Acorda pro mundo e vê o que ele tem te mostrado!

Mas não! Não vou perder as esperanças... Perder a esperança no Ser Humano e a minha vida acaba! Eu tenho é que considerar o lugar onde me encontro! A não ser que o caso seja mundialmente comum.

Mas fé em Deus e pé na tábua...
Ainda deve existir virtude nesse mundo!