terça-feira, 17 de agosto de 2010

"Aquilo que o 'eu' tem de único se esconde exatamente naquilo que o ser humano tem de inimaginável. Só podemos imaginar aquilo que é idêntico em todos os seres humanos, aquilo que lhes é comum. O 'eu' individual é aquilo que se distingue do geral, portanto aquilo que não se deixa adivinhar nem calcular antecipadamente, aquilo que precisa ser desvelado, descoberto e conquistado junto ao outro." *

Eis aqui uma pessoa que gostaria de ser vista além do que palavras alheias possam vir a descrever. Porque essa história de que a voz de Deus é a voz do povo é a maior mentira! O povo aumenta, nem sabe e fala, julga... Eu sou além disso, quero estar acima disso. Então não me venha com as suas pré-concepções dissimuladas antes de me conhecer, por favor, obrigada. E nem venha me conhecer se dá credibilidade à esse tipo de comentários fúteis, supérfluos. Venha me conhecer como a um desconhecido, sem ter parâmetros. Porque o que eu faço ou deixo de fazer não fazem de mim o que eu sou. Minhas atitudes, às vezes revoltas, volta e meia impulsivas, sem a reflexão necessária, algumas até estúpidas, não são o suficiente para alguém achar que me conhece. E quem vai dizer o por quê das minhas atitudes se nem me conhece?

Ninguém é o que parece ser. Aparências... qualquer que seja ela, tem coisa mais fútil? Porque pra mim as pessoas são além do que fazem, do que parecem ser. Tem um ser além, particular a ser desvendado. Acho que quem dá ouvido a comentários vazios de conteúdo relevantes (vulgo fofoca) nem merece meu tempo.

Inclusive, só discurso sobre isso no momento por não querer que isso influencie as pessoas na hora de conhecer as outras. Tire suas próprias conclusões, constate por você mesmo. Mas não saia falando por ter pré-concepções. Chega com calma, cabeça aberta. Se disponha a conhecer, dialogar, desvendar, ir além dos seus preconceitos.

"Será que dava tanta importância a essas pessoas? Absolutamente. Não as tinha em bom conceito e ficava com raiva de se deixar perturbar pelos seus olbhares. Não havia nada de lógico nisso. Como é que podia ficar dependendo da opnião de pessoas que considerava tão limitadas?" *

* Trechos de 'A insustentável leveza do ser' de Milan Kundera

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