terça-feira, 3 de abril de 2012

Rir!

Ao escambal a alegria comedida. Comezinha. Ao escambal a conveniência dos salões. Ao escambal o sorriso amarelo, polido, conveniente: um sorriso NUNCA deve ser amarelo. O homem não nasceu pra saia justa. O homem nasceu para a gargalhada visceral, intestina, que corrói o sono dos ditadores.
O homem não nasceu para a convivência encascada e hipócrita daqueles que não sabem dizer – e viver ! – a Verdade. Não nasceu para a fosca mediocridade das palavras que não prestam.
As pessoas graves, sérias e bem compostas morrem em vida. Se tornam seus próprios bustos. O riso, ao contrário, brota das fontes mais originárias ,mais essenciais da liberdade humana. Quem ri transcende as determinações do inexorável e inflexível destino e olha os deuses no centro do olho.
Sejamos incoerentes. Sejamos irracionais. Sejamos insensatos:
O homem, diz o poeta Heine, só é verdadeiro homem quando brinca. E quando ri.
Sorria e, uma vez sorrindo, há de ser tudo da lei !

Lucas Muniz

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